quarta-feira, 6 de abril de 2011

ATIVIDADE 3 - PAULO FREIRE


Eixo 1
3
Paulo Freire (1921-1997)
 O mentor da educação para a consciência
O mais célebre educador brasileiro, autor da pedagogia do oprimido, defendia como
objetivo da escola ensinar o aluno a “ler o mundo” para poder transformá-lo.
Foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais.
Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome,
ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. Para Freire, o objetivo
maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas
desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em
favor da própria libertação. O principal livro de Freire se intitula justamente ‘Pedagogia do
Oprimido’ e os conceitos nele contidos baseiam boa parte do conjunto de sua obra.
Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade do
alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as
‘escolas burguesas’), que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o
professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em
outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores.
Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do que a que
ele propunha para despertar a consciência dos oprimidos. “Sua tônica fundamentalmente
reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade”,
escreveu o educador. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar
os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.
Paulo Freire nasceu em 1921 em Recife, numa família de classe média. Com
o agravamento da crise econômica mundial iniciada em 1929 e a morte de
seu pai, quando tinha 13 anos, Freire passou a enfrentar dificuldades econômicas.
Formou-se em direito, mas não seguiu carreira, encaminhando a
vida profissional para o magistério. Suas ideias pedagógicas se formaram da
observação da cultura dos alunos – em particular o uso da linguagem – e do
papel elitista da escola. Em 1963, em Angicos (RN), chefiou um programa que
alfabetizou 300 pessoas em um mês. No ano seguinte, o golpe militar o surpreendeu
em Brasília, onde coordenava o Plano Nacional de Alfabetização do
presidente João Goulart. Freire passou 70 dias na prisão antes de se exilar.
Em 1968, no Chile, escreveu seu livro mais conhecido, Pedagogia do Oprimido.
Também deu aulas nos Estados Unidos e na Suíça e organizou planos de
alfabetização em países africanos. Com a anistia, em 1979, voltou ao Brasil,
integrando-se à vida universitária. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e,
entre 1989 e 1991, foi secretário municipal de Educação de São Paulo. Freire
foi casado duas vezes e teve cinco filhos. Foi nomeado doutor honoris causa
de 28 universidades em vários países e teve obras traduzidas em mais de 20
idiomas. Morreu em 1997, de enfarte.




COMENTÁRIO

“Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la), dizia Paulo Freire.

A alfabetização é, para o educador, um modo de os desfavorecidos romperem o que chamou de “cultura do silêncio” e transformar a realidade “como sujeitos da própria história”.
 A educação é embutida na concepção do mundo;
 Três momentos claros da aprendizagem.
• Primeiro é aquele em que o educador se inteira daquilo que o aluno conhece, não apenas para poder avançar no ensino de conteúdos, mas principalmente para trazer a cultura do educando para dentro da sala de aula.
• O segundo momento é o de exploração das questões relativas aos temas de discussão. O que permite que o aluno construa o caminho do senso comum, para uma visão crítica da realidade.
• O terceiro, volta-se do abstrato para o concreto, na chamada de problematização: o conteúdo em questão apresenta-se “dissecado”, o que deve sugerir ações para superar impasses.
Para Paulo Freire, esse procedimento serve ao objetivo final de ensino, que é a conscientização do aluno.
Tudo está em permanente mudança.
 Diagnóstica;
 Avaliação;
 Alimentação
“Ser humano, histórico inacabado”;
“O mundo não é, o mundo está sendo”;

Paulo Freire
 Conceito – Coerência
 Esforço para diminuir a “distância entre o que dizemos e fazemos”.
 Como falar de dignidade, respeito, se ironizo, descrimino, inibo com a minha arrogância.

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